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terça-feira, 24 de novembro de 2015

CORCOVADO DE ESPERANÇAS - XI PARTE – IMAGEM DE UM FÚNEBRE SUDÁRIO - Manoel Ferreira Neto.


A humanidade, atenta, entoando um epinício caminha no delírio sem pudor, pelas trevas dos séculos e milênios a vibrar. Olho e creio que a imagem de um fúnebre sudário, à luz do sol de correntes, algemas, acorda toda na falsa turba sagrada.
O alaúde é belo, seus ornamentos talhados na madeira lisa, quando amestrada mão lhe roça as cordas quisera um canto onipotente, onipresente, em cujos liames do tempo os sons, ritmos a inclinação de um momento, ainda que efêmero, não dá direito aos laços  fatais de um mundo derrocado.
Se audaz o pensamento, se incisiva a idéia que lhe segue, nem pousa sobre o granito, nem contempla o diamante à distância, aspira ao infinito, sonha o inaudito.
Como a um toque de graça do Senhor, ergo minha alma que dorme nas trevas, nas brechas entre os galhos e folhas de árvore solitária no ermo do deserto, sagrando-me na luz a glória suprema dos rios gigantes da floresta que tingem assustadas águas.
Antes sinto-o forte e a presença incisiva da serenidade me persuade da verdade que me habita, a morte de honrado que a vileza de atitudes e gestos despropositados, palavras sem senso de silabas e pronúncias que me perpassa os recônditos sítios da alma. Como um cortejo fúnebre, a terra patenteia lúgubre aspecto, indaga a alma inquieta, num perpétuo questionar as encobertas dores, de tempos perdidos na memória dos crepúsculos e auroras ao longo da vida, de sendas esquecidas do universal delírio, nos passos secos e duros na terra, em cujo solo nasceu e renasceu o esplendor das flores, em inauditos versos e verbos que inspiram os angélicos sonhos de quimeras, fantasias, a melancolia, nostalgia de amplos livros em cujas páginas as letras desfiam os eternos júbilos, mortais orgulhos.
As águas de palavras tênues, singelas, cantadas pelas vozes sussurradas, mostram aos indivíduos, que trazem na alma os sofrimentos e dores do caminho trilhado  e percorrido, os sonetos ao som das liras, quando a semente reina ao longe, fecundando  os campos do espírito.
Falta-me a violação do último sono eterno, as trevas costeiam os muros, e seguem a conspiração. A violação do último sono não me falta? Falta-me sim, quis apenas sentir sua ausência, a fim de completar o sentido, imagem que se me a-nunciam, e falta-me não para saciar um ódio ininteligível, mágoa inesquecível, insaciável como os círculos do inferno, a tangente do paraíso celestial, que na memória divina de mim habita-me e me ergue no cume do infinito.  Toco a lira divina, a música alteia os tristes restos de ossos, espalha pela sala sagrada da história a última nota os sinais funestos de uma melodia simples.   
Os miúdos buscam a mais reluzente palavra para o sentimento trazer-me ao coração o sonho que desfaz a quimera; encontro no exílio de sua pronúncia o deserto, solidão, e no verbo padecido de carências tiro nos rumos do crepúsculo a palavra fria que o lábio trinca. 
Ah, o que escrevo nestas linhas, burilando os arrebiques da caligrafia?!
Deus seja louvado por todos os séculos e milênios vindouros!...Chovera por alguns minutos, amenizou um pouco o calor indescritível. Posso garantir, afiançar, sem   ornamentos da oratória, que não é devido à chuva passageira que aqui me encontro cantando e bailando, alegre e saltitante com este crepúsculo que se escoa lento e comedido.
O domingo, só por si, é um dia protestante; e o movimento, limitando o descanso a esse dia, como que parece inclinar à igreja anglicana. A razão descobre o conspícuo sono de outrora nas dobras delicadas do vento que passa as páginas, ofuscando as luzes, negligenciando o ocaso.                                      O que mais me lembra o “mistério” é o tempo de Natal. Como era bom, era mágico, era mistério. Íamos à missa à meia noite. O padre falava do menino-Deus. De uma criança que veio ao mundo para trazer a paz. Depois vinha a ceia. Mamãe rezava antes e todos nós, de mãos juntas e olhar meio aberto, ansiávamos pela ordem de começar. Não havia fartura: havia família, havia clima. Na oração, mamãe falava do Deus que estava ali conosco, que Ele era o convidado mais importante. Então, cantávamos parabéns para o Menino Jesus. Os sinos da igreja tocavam, o salvador nascera: “Viva o salvador!”.
Era tão fresca a noite que parecia ter nascido, começado naquele instante. Lembrou-me a conversa de Taremine Sanches com a mamãe. Estavam no alpendre de nossa residência, sentadas no banco ao lado da janela. Pude ouvir toda a conversa delas. Durante toda ela, temia que alguém chegasse ao quarto, a porta esta aberta, ouvindo a voz de Taremine, e vendo-me deitado, debaixo da janela, dizendo que coisa mais estranha era aquela de ficar ouvindo as pessoas conversarem à janela fechada. Não repetisse mais. Em verdade, o medo era de ouvir a sua confissão e essa fosse o início de alguma coisa. Teria de guardar comigo tudo o que ouvira, se a encontrasse, não poderia deixar transparecer sabia de alguma coisa. Jamais me esqueceria dela, e a todo instante vivido essas palavras: “... creio que a vida inteira fui uma imbecil, mas      para adquirir um pouco de inteligência fora necessário ser imbecil, enfim, cheirei tanto a inteligência até que ela passou a cheirar a mim. Ih, ih, ih, não é mesmo?”. Vossas ironias enriquecem e muito, exigem perspicácia e destreza de interpretação e análise.
Taremine Sanches havia sentido o desejo de sair e caminhar um pouco ao ar livre. Aspirava fundamente o perfume úmido que exalava dos canteiros e parecia sentir que a força da manhã  se dilatava no seu peito. Outrora, quando era solteira costumava ficar sentada no sofá da sala de visitas tecendo crochê, por vezes gostava de sentar-se de por baixo da mangueira. A indolência se apossava dos seus membros e, abandonando o bastidor inútil, cerrava os olhos, sentindo passar no rosto a sombra macia das folhas- tentara eu fazer isso, mas não senti a sombra macia das folhas, em verdade nada senti. Agora mesmo estou de sandália, a perna direita cruzada  debaixo da mesa, há sombra no meu pé, não a sinto.
Aquela confissão iria demorar, mas com esta apresentação de sua história tive certa curiosidade em conhecer o final, saber o que havia de escondido naquelas palavras, quais eram as fugas, as justificativas, os medos.
Naquele tempo, casada, era diferente. Se quisesse sair, teria em primeira instância de afrontar o olhar inquisidor do marido. Não podia imaginar porque a revoltava tanto a passividade de Gregório Eduardo. Era ridículo vê-lo com o avental passado na cintura, lidando com objetos que destoavam estranhamente em suas mãos. Fazia tudo com uma despreocupação de criança. Passava a roupa  quando ela se achava muito cansada, molhava as plantas, fazia as compras, ajudava-a a lavar a louça suja do jantar, arrumava o “ninho” deles toda a noite. Ninho era um termo vulgar – “ninho de cobra” é uma expressão, mas o ninho de qualquer animal multiplica a espécie; a propósito de “ninho de cobra” não se deve aproximar, é achar a morte rapidamente.
Era de sua opinião que o medo do casamento tinha a sua origem no medo de que os filhos algum dia retribuíssem os pecados cometidos contra os pais. Isto, acreditava Taremine Sanches, não tinha muito sentido no seu caso, pois o seu sentimento de culpa na verdade se originou de seu pai e estava cheio de tamanha convicção de primazia – na verdade, este sentimento de primazia era uma parte essencial de sua natureza atormentadora – que qualquer repetição era inconcebível. Da mesma forma, deveria dizer que ela acharia insuportável tal filho mudo, carrancudo, seco, predestinado; ousava dizer que, se não houvesse outra possibilidade, ela fugiria dele, emigraria, como pretendeu fazer só por causa de seu casamento.
Em verdade – percebeis como as coisas, hoje, estão andando com espontaneidade? Há um nível de esclarecimento mais nítido do que me perpassa a alma -, abrindo os verbos sobre a falta de valores que imperam, mexi no ninho de cobra, e para que vós tenhais firmeza e convicção de minhas palavras, ouso dizer o que isso significa: “lugar onde há pessoas de índole má, traiçoeira".
Jamais queixara, nunca uma palavra mais áspera saíra dos seus lábios. No início do casamento, numa segunda-feira, almoçou forçado, pois a comida estava intragável, e ele não queria reclamar disso, dizer que não era possível comer aquilo.  Nada dissera. Meses depois lhe disse sobre esse almoço de modo descontraído, e fora a única vez que dissera de algo que não houvesse concordado. Beijava-a na nuca, quando a encontrava distraída, arrepiava-se inteira, era o seu ponto fraca, só mesmo distraída é que podia fazê-lo. Escutava histórias nas ruas para lhe contar, fazia projetos para o futuro, enquanto ela costurava as meias de lã já bastante gastas. Taremine, sentindo o cheiro do carvão, tentava calar a sua revolta. É que no fundo aquela bondade cobria-a de humilhação, vergonha. Queria-o mais ríspido, imaginava proezas que Gregório nunca chegaria a realizar. Nem sequer seria capaz de compreender o seu pensamento, quando chegasse a descobrir os estranhos desejos que a perturbavam.
Os desejos habitam-nos, uma das dimensões da Vida, e tudo somos capazes de fazer para que os realizemos, para que as realizações sejam o alicerce da Vida construída. Taremine Sanches havia traído o marido. Fora clara e transparente descrevendo como as coisas haviam acontecido, detalhes que só mulheres muito amigas e íntimas têm coragem de descrever.
Contemplando os seus cabelos lisos e pretos e as pestanas curtas sobre os olhos baixo, ela indagava de si mesma como não tinha reparado antes na vulgaridades dos traços daquele homem. Certos abalos profundos têm o poder de nos revelar uma realidade secreta que habita as pessoas e as coisas. Era aquela a criatura a quem tinha escolhido para participar dois desconhecidos. O homem que estava diante de seus olhos somente naquele momento deixava de ser estranho – é que alguma coisa irremediável surgira entre eles. Pela primeira vez ela o contemplava como se contempla um inimigo.
Um cliente, recém separado, dissera-me num de nossos encontros.
- Quando ela tocou as minhas costas, estando com a mala cheia de roupas, saindo de casa, dizendo que não merecia eu tudo o que estava acontecendo, compreendi duas coisas ao mesmo tempo, num passo de mágica: em primeira instância, compreendi que não a amei, sentia pena e dó; em segunda, não me amava, era uma farsa que pretendia seguir à risca. Olhei-a com desdém. Senti nojo dela – Solange o havia traído. Pelo que alguém de suas relações dissera, aquele caso já tinha uns três meses. Na época da separação, estava com quatro meses de gravidez. Nascida a criança, iria fazer o exame de DNA, estava decidido. Não iria ser responsável por filho de outro.
Nossa... Não há quem não sofra profundas transformações, mesmo que inconsciente, após o adultério. Estava ela numa situação muitíssimo complicada, não que temesse Gregório descobrisse, era capaz de não dar a mínima atenção, não era com ele que estava acontecendo, mas os seus sentimentos, sensações, emoções estavam confusos, não entendia o que estava acontecendo. Só podia ser o sentimento de culpa, remorso.
Felizes daqueles que puderem pensar na infelicidade dos outros!... Não se trata disso, de vos dirigir nesse tom, embora saiba que vos sentiríeis imenso satisfeito, agradecida por tais palavras, palavras que reconhecem o vosso mérito.  Mas a vossa réplica seria ainda mais interessante, isto porque ama ser irônica comigo: “Estúpidos aqueles se não sabem que a infelicidade dos outros é deles”. Podeis rir à vontade, mas conheço as vossas artimanhas e subterfúgios. Pensara nisso, ali, sentado à cadeira, a luz apagada, na varanda de minha residência. Sim, somos responsáveis da infelicidade dos outros. Compreendo isso. Separou-se alguns meses depois, mas não se encontrara outra vez com o amante. Casara-se com outro bem diferente.
Não tive qualquer desejo ou intenção de dizer deveria ele sentir as dores de Taremine; sentindo-as, iria ele descobrir que a amava, fazia tudo por ela, sentir-se-ia feliz. Que despautério replicar-vos assim, pois não penso ou ajo nesse sentido. Noutras palavras, não tive a intenção, mas aceito que estivesse dizendo aos homens que dêem atenção à mulher, ouça-a com apreço, isso fará com que o trem volte à linha após tantos anos de descarrilamento? Que absurdo! Se vós não tendes o que falar, peço-vos a gentileza de permanecerdes calada, em silêncio, deixando-me dirigir-vos essas tão bem traçadas linhas.
Não entendera bem o que por último a minha mãe dissera: “Seria bom se algo permanecesse fixo nalguma curva sinuosa do caminho...”. Pareceu-me que essa coisa fixa seria a culpa. Dizem as línguas que, não encontrando em casa, na rua é o mais certo fazê-lo. Sim, é verdade. Há quem tenha em casa e procure na rua – quem sabe para se sentir valorizado como homem? quem sabe para se sentir satisfeito? Quem sabe com a mulher não se realize a contento, e com a outra aí sim a realização é plena e absoluta? Ninguém sabe.
Compreendi, ali, ouvindo a conversa de mamãe e sua amiga, o quanto era importante saber ouvir as pessoas. Taremine falara por longos minutos e um sequer mamãe a interrompeu para fazer alguma consideração acerca de seu ato de traição. Ao final da conversa, é que lhe disse: “Cabe a você escolher o que fazer. Se pensa que a separação lhe dará a liberdade, faça-o. Não titubeai. Não acha que esse caso irá resultar numa relação duradoura?”.
A ironia voltou para o irônico, pois que vós não sabeis de nossas infelicidades, e assim sois estúpida. Cá para nós, estou faltando com o devido respeito, rasgando-vos esse verbo? Não. Se soubésseis mesmo, teríeis orientado os homens nas grandes decisões e obras, deixando-lhes o livre-arbítrio. Prestai atenção: dizem que nós, os brasileiros, somos um povo que esquece as coisas facilmente;  isso é verdade. Contudo, os homens de todas as raças, credos esquecem as coisas facilmente. E vós que devíeis assumir o lugar dos homens, memorizar as coisas e mostrar-nos os caminhos em outras situações e circunstâncias ao longo dos séculos e milênios, sois a primeira a não valorizar a memória.
Será que vós guardáreis na memória as tragédias, guerras? Será que guardáreis na memória o Tsunami, milhões de pessoas mortas, e não ireis mais agredir a natureza? Fora apenas mais uma no mundo, outras virão, com efeito. Assim, vós caminhais: esqueceis das coisas com facilidade, e nisso os homens vamos trilhando os caminhos de não, e vamos morrendo ao longo deles, e nada conseguimos realmente adquirir no mundo, para após a morte lembrarmos nossa vida, sentindo-nos alegres e felizes.
Por alguns segundos, olhei com acuidade para uma residência a uns trinta metros da minha, em cuja porta estão plantadas muitas árvores, jardim, e a luz incidindo numa fresta de entre as folhas dava um aspecto, não sei como dizer a palavra, algo como melancólico, nostálgico. Já conversamos em momentos em que à noite, luz apagada, olhava para esse lugar, um esplendor a luz incidindo nas árvores, nessa fresta, e, no inverno, quando parece que uma névoa paira nos raios de luz.
Sugerirdes a mim que escrevesse um poema sobre a luz incidindo na fresta de entre as folhas, mas não desejei fazê-lo, não dou para essas coisas de escrever poemas. Na minha infância, os colegas que escreviam poemas e mostravam às professoras eram duramente criticados, apelidados de “mariquinhas”. Não creio seja essa a razão, digo-vos apenas o que me lembrou nesse instante, seria interessante se aqui registrasse. A razão mesma é que não sou sintético, sou analítico, analista – não visto sob o prisma de analista é o que pratica a visão de Freud com os seus pacientes, mas sob o ângulo de quem interpreta, traduz as coisas da psique, da alma, do espírito, sofrimentos e dores, a prosa aí é que vem a calhar e bem.
Olhando a luz incidindo na fresta de entre as folhas, estive pensando que o grego clássico define o abismo como a habitação dos mortos. Mas dentro de nós, vivos, existem abismos: sentimentos nada mortos – a depressão que sentia era exemplo disso -, verdadeiras fendas interiores com vultos dispostos a assombrar nossas vidas. São como arcos poderosos empurrando-nos, obedientes flechas rumo a despenhadeiros assustadores...
A vida fica sem estribos, sem lugar para colocar os pés. Nada parece dar certo. Todos que poderiam nos ajudar estão longe, ou preocupados com os seus próprios abismos. A v ida foge do controle... Nossos sentimentos chegam a uma situação extrema. Medos pungentes invadem nossas almas. Sentidos violentos ameaçam nossa paz. Fica amarga a vida, e nós, intolerantes com isso, sofremos ainda mais. Impulsos e tristezas calejam nosso coração...
Parece destruída nossa integridade emocional. Abismos sucedem abismos... Tudo vira fragmentos...
Juízos trovejam, lembrando nossas faltas para com os outros e com a vida. Foram desligados os últimos abraços, as últimas companhias. O sacrifício de pedir que voltem e nos ajudem é inútil, não chega!
Abismos nunca são acasos. Fora diante desse pensamento que vós sugeris que escrevesse um poema.Quis dar um sorriso na hora, sorriso de galhofa, pois que, vós dissestes sobre a luz incidindo na fresta de entre as folhas, estive pensando no abismo. Poderia até escrever sobre a luz que incide no abismo.
Nem isso. Reflito, medito contemplando esse lugar da varanda de minha residência. As reflexões são minhas. Não as divido com ninguém, por odiar a cidade. Às vezes, pergunto a Iliara Jasmine se eu teria rasgado os verbos diante de uma cruz, e por essa  razão estou a pagar por minha língua ferina, vivendo num lugar tão desprezível.
A missiva seria um modo de vós lerdes, podendo assim compreender o alfabeto de silêncios oblíquos que nos habita o íntimo, e assim começando, com a aprendizagem da busca autêntica e real, podemos ler e reler a nossa vida, o mundo em que vivemos, os nossos sonhos de transformação, desejos de redenção e ressurreição.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      


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